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terça-feira, 12 de março de 2013

"TUDO O QUE ELE SEMPRE QUIS"

Já li alguns livros desta autora mas confesso que este me desiludiu bastante, por ser maçador.
A história em si até é boa, mas está escrita de uma forma muito descritiva, com pouca acção, e sinceramente este não é o género de leitura que me agrade: muita descrição e pouca acção torna-se aborrecido e maçador, pelo menos da minha prespectiva.
Fica o registo do que um homem apaixonado (ou melhor, obcecado) pela sua mulher é capaz de fazer, cometendo actos pouco honestos, fazendo com que outras pessoas mintam, usando chantagem, etc.
O enredo é bom, a forma como está contado é que não é a mais sedutora...
Um casamento junta sempre duas histórias, dois passados. Esta constatação é talvez tardia para o marido de Etna: um homem cuja obsessão com a sua jovem mulher tem início no momento em que se conhecem - e em que ele a ajuda a escapara a um incêndio - e culminha numa união ensombrada por segredos, traição e pelo fogo avassalador de uma paixão não correspondida.
Ao académico Nicholas Van Tassel bastou ver Etna Bliss uma única vez para saber que chegara o momento de abandonar a sua condição de solteiro inveterado. Mas a frieza física e emocional com que é brindado é um prenúncio de tragédia: Etna deseja liberdade e independência, Nicholas quer a jovem exclusivamente para si... E quando descobre que, ainda que tivesse conseguido casar com ela, não teria chegado sequer a conquistá-la, vai ser o lado mais sombrio da sua personalidade a decidir o que fazer a seguir.
Escrito com a inteligência e a graça que são já habituais na autora, Tudo O Que Ele Sempre Quis é uma arrepiante história sobre desejo, cíume, perda e os perigos que o fogo - o figurativo e o literal - sempre arrasta consigo.

Notas sobre a autora:
Anita Shreve, antiga professora de liceu, enveredou pelo jornalismo após uma das suas histórias ter ganho o O. Henry James Prize, em 1975, escrevendo artigos para revistas como a Quest, Us e Newsweek. Mais tarde, publicou dois livros de não-ficção a partir de artigos publicados na New York Times Magazine. Em 1989, abandonou o jornalismo e passou a escrever a tempo inteiro, alcançando o sucesso internacional. Em 1998, recebeu o PEN/L.L. Winship Award e o New England Book Award for Fiction. Entre os seus êxitos literários figura a obra A Praia do Destino.