Sugestões para oferecer ou para ler...


sábado, 30 de outubro de 2010

ESTRELAS DE FIGO E AMÊNDOA

Hoje venho mostrar-vos um petisco típico do Algarve nesta altura do ano: as estrelas feitas com figo e amêndoa. São confeccionadas na altura do Dia de Todos os Santos (01 de Novembro) e por muita gente chamadas de "estrelas dos santos". Não é mais do que figos secos e amêndoas torrados no forno. Muito simples de executar e perfeitas para acompanhar um bom cálice de medronho algarvio ou um licor à vossa escolha.
Figos secos q.b.
miolo de amêndoa q.b.

Começar por pelar as amêndoas: colocar as amêndoas com pele num alguidar, cobri-las com água a ferver, tapar e deixar arrefecer a água. Depois basta pressionar ligeiramente as amêndoas entre o polegar e o indicador, para que a pele se solte. Cortar o miolo de amêndoa ao meio no sentido do comprimento.
Espalmar ligeiramente os figos entre as mãos, para que fiquem achatados.
Para as estrelas redondas: dar um corte ao figo a toda a volta, sem o separar na totalidade, e dispôr as amêndoas em volta, pressionando bem para que não se descolem.
Para o formato de estrela: dar um corte em cruz ao figo, separando as pontas. Uni-los dois a dois e dispôr as amêndoas em volta, pressionando bem para que mantenham a forma.
Levar ao forno num tabuleiro (não é preciso untar nem forrar o tabuleiro). O tempo de cozedura depende da potência do forno e de como as preferem - mais ou menos tostadas (as minhas ficaram cerca de 20 minutos com o forno a 200º).
Retirá-las do forno e depois de frias colocá-las numa caixa plástica ou numa lata para que não amoleçam.
Aguentam-se bastante tempo e é um petisco que sabe bem a qualquer altura do dia.
Bom fim de semana e bom feriado para todos.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"AS DEZ FIGURAS NEGRAS"

Peço desculpa por estar a "bombardeá-los" com mais um livro, mas a intenção deste blog, para além de mostrar o que faço na cozinha, é também mostrar os livros que leio. E já que no nosso país se lê cada vez menos (o que não é admirar, com o preço a que os livros estão... lol), nunca é demais deixar sugestões de leitura.
Comprei este livro num quiosque pela módica quantia de 1€.. eh eh eh... e é incrível verificar como uma obra escrita em 1939 nos dias de hoje ainda nos consegue prender a atenção até à última página... sim, porque mesmo no último parágrafo é que temos a "solução" do caso.
Aqui deixo mais uma sugestão para a Academia dos Livros.

Dez desconhecidos, que aparentemente nada têm em comum, são atraídos pelo enigmático U. N. Owen a uma mansão situada numa ilha da costa de Devon. Durante o jantar, a voz do anfitrião invisível acusa cada um dos convidados de esconder um segredo terrível, e nessa mesma noite um deles é assassinado.
A tensão aumenta à medida que os sobreviventes se apercebem de que não só o assassino está entre eles como se prepara para ir atacando uma e outra vez…
O que se segue é uma obra-prima de terror. À medida que cada um dos hóspedes é brutalmente assassinado, as suas mortes vão sendo “celebradas” através do desaparecimento de uma de dez estátuas, as “dez figuras negras”.Restará alguém para um dia contar o que de facto se passou naquela ilha?
Em As Dez Figuras Negras, a Ilha do Negro, local sombrio e desde sempre povoado de mistérios, é palco de uma estranha e implacável forma de justiça, na qual as vítimas se encontram encurraladas pelas circunstâncias e o agressor é invisível e omnipresente. Na colecção das Obras de Agatha Christie, este é o primeiro romance em que não figura nenhum detective ou personagem determinante para a (surpreendente) solução dos crimes.
Notas sobre a autora:
Agatha Christie nasceu Agatha May Clarissa Miller, em Torquay, na Grã-Bretanha, em 1890. Durante a I Guerra Mundial, prestou serviço voluntário num hospital, primeiro como enfermeira e depois como funcionária da farmácia e do dispensário. Esta experiência revelar-se-ia fundamental, não só para o conhecimento dos venenos e preparados que figurariam em muitos dos seus livros, mas também para a própria concepção da sua carreira na escrita. Com o seu segundo marido, o arqueólogo Max Mallowan, Agatha viajaria um pouco por todo o mundo, participando activamente nas suas escavações arqueológicas, nunca abandonando contudo a escrita, nem deixando passar em claro a magnífica fonte de conhecimentos e inspiração que estas representavam.
Autora de cerca de 300 obras (entre romances de mistério, poesia, peças para rádio e teatro, contos, documentários, uma autobiografia e seis romances publicados sob o pseudónimo de Mary Westmacott), viu o seu talento e o seu papel na literatura e nas artes oficialmente reconhecidos em 1956, ano em que foi distinguida com o título de Commander of the British Empire. Em 1971, a Rainha Isabel II consagrou-a com o título de Dame of the British Empire. Deixando para trás um legado universal celebrado em mais de cem línguas, a Rainha do Crime, ou Duquesa da Morte (como ela preferia ser apelidada), morreu em 12 de Janeiro de 1976.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

BOLO LUA

Que bela ideia este bolo para aproveitar claras que tenhamos congeladas em casa (eu tenho sempre várias). A receita tirei daqui, do blog da Isabel (que muito gentilmente me esclareceu as dúvidas por mail). Segundo a Isabel o bolo fica com a consistência de queijada, mas curiosamente o meu não ficou (acho que foi por ter usado mais 2 claras do que a receita pedia) - ficou antes muito fofinho e com uma textura muito agradável.
6 claras (usei 8)
2 chávenas de açucar
1 chávena de maizena
1 chávena de manteiga
1 chávena de leite
2 chávenas de farinha
1 colher de sopa de fermento em pó
aroma de baunilha
* a chávena utilizada tem a capacidade de 250ml

Bater bem as claras, juntar o açucar, a manteiga, o aroma de baunilha e o leite.
Por último as farinhas e o fermento peneirado.
Assar no forno pré-aquecido a 180º durante 40 minutos (fazer o teste do palito para verificar a cozedura). Deixar arrefecer um pouco e desenformar.
Peço desculpa por não haver fotos do interior do bolo, mas este foi para levar para uma festa...
Agora mais uma das "parvoíces" que eu invento de vez em quando....
Uma simples embalagem de creme para o corpo que, depois de vazia, foi decorada e transformada numa caixinha para guardar os botões.

sábado, 23 de outubro de 2010

"APROVEITEM A VIDA"

Era inevitável ler este livro e não chorar, especialmente porque uma pessoa que me é próxima saíu de uma cirurgia há bem pouco tempo, vítima desta terrível doença chamada cancro. A pessoa de quem falo por agora está a recuperar bem e parece que as coisas estão no bom caminho. Acho que a primeira "batalha" foi ganha, mas a "guerra" ainda não está vencida, pois esta doença raramente dá tréguas.
Esta grande figura que eu muito admiro desde a minha adolescência - ANTÓNIO FEIO - travou uma longa e dolorosa luta contra a doença. Infelizmente já não está entre nós, mas nunca será esquecido pelos seus milhares de fãs que sempre o apoiaram e torceram por ele.
Deixou-nos este legado - o livro que escreveu ao longo da sua doença - para que toda a gente possa confirmar que este homem, para além de ser um"animal" de palco, foi um lutador até ao fim. Descansa em paz, António Feio.
Deixo mais esta sugestão para a Academia dos Livros.

Tenho um tumor gigante no pâncreas. Alguns dos tratamentos conseguiram reduzir um pouco o seu tamanho, mas não o suficiente para poder ser operado.Sei bem o que isso significa.
Neste momento, e porque não há outra forma, vivo um dia de cada vez. Deixei de fazer planos para a frente. Não sei o que me espera no futuro, mas isso agora também não importa, o que interessa é o aqui e o agora.
Ao longo deste quase último ano e meio percebi que o meu estado de saúde deixou de ser um tema que me diz respeito apenas a mim, à minha família, aos meus amigos e àqueles de quem sou próximo. A minha doença deixou de ser apenas um problema que é meu, de alguma forma deixou de me pertencer. E isto sucedeu aos poucos, à medida que a onda de apoio e solidariedade à minha volta foi crescendo e ganhando forma. Assim nasceu a ideia deste livro.
A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar tudo primeiro, nunca desistir.
Se as pessoas começarem a parar por um momento para olhar para casos como o meu, ou, simplesmente, para a sua própria vida com olhos de ver, talvez comecem a relativizar os seus próprios problemas e possam perceber o que de facto vale a pena na vida. Talvez assim a consigam aproveitar melhor.
Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros!!
Notas sobre o autor:
António Feio, actor e encenador, nasceu em Lourenço Marques a 06/12/1954. Chegou de Moçambique aos 7 anos de idade, indo viver para Carcavelos. Estreou-se no teatro aos 11 anos, na peça O Mar de Miguel Torga. A partir daí começou uma carreira de sucesso na televisão, cinema, teatro na televisão, folhetins na rádio e publicidade.
Popularizou-se ao lado de José Pedro Gomes, com a Conversa da Treta, o espectáculo de teatro mais visto desde sempre em Portugal.
Além do teatro fez televisão, algum cinema, traduções e muitas dobragens.
Deixou-nos a 29 de Julho de 2010, depois de ter travado uma longa luta contra o cancro.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

PIMENTOS RECHEADOS COM BACALHAU E BROA

Há pessoas que acham o pimento um legume indigesto, mas eu devo ter estômago de avestruz, pois posso comê-lo crú ou cozinhado que nunca me cai mal e é um dos legumes que mais gosto de usar na cozinha.
Como a minha horta este ano deu uma boa produção de pimentos e havendo cá por casa um resto de broa de milho, resolvi improvisar este prato, que se revelou uma agradável combinação de sabores.
4 pimentos grandes
500gr de bacalhau desfiado
150gr de broa de milho esfarelada
1 dente de alho
1 cebola
1 tomate maduro
sal, pimenta e noz moscada
azeite
queijo ralado
500ml de molho béchamel

Cortar uma tampa aos pimentos e levá-los ao lume com água a ferver durante 5 minutos.
À parte laminar o alho, cortar a cebola em meias luas e alourar no azeite, juntamente com o sal, a pimenta e a noz moscada.
Acrescentar o bacalhau e o tomate em pedaços e deixar cozinhar durante 10 minutos, mexendo de vez em quando. Envolver o miolo de broa e deixar cozinhar durante mais 2 minutos. Acrescentar o molho béchamel, envolvendo bem.
Rechear os pimentos com a mistura, polvilhar com um pouco de queijo ralado e levar ao forno (pré-aquecido a 180º) num tabuleiro untado com azeite durante 15 minutos.
Servir de seguida.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

BOLACHAS 3-2-1

O frio está a chegar, pouco a pouco vai-se instalando. Já se nota uma descida de temperatura de manhã e ao cair da noite. Por isso está mesmo a apetecer um chá quentinho com umas bolachas.
Quando vi esta receita no blog da Marina fiquei com água na boca.
É que a receita é tão simples e rápida de fazer que não temos desculpa de não haver bolachas na hora do lanche.
300gr de farinha
200gr de manteiga
100gr de açucar
aroma de baunilha (acrescentei eu)

Deitar todos os ingredientes num processador de alimentos, sendo que a manteiga deverá ser colocada em pedaços. Bater até que se forme uma bola.
Fazer pequenas bolas que se dispõem num tabuleiro forrado com papel vegetal, achatando-as um pouco e pressionando ligeiramente com um garfo.
Levar ao forno pré-aquecido a 180º durante 25 minutos.
Enquanto arrefecem passá-las por açucar e canela.
São daquelas bolachas deliciosas que se desfazem na boca... Querem provar uma?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"A DOÇURA DA CHUVA"

Este foi mais um dos livros que levei na mala de viagem quando fui de férias. Sim... eu tiro férias do trabalho mas nunco tiro férias da leitura.
Comprei este livro com 50% de desconto, numa promoção da
Wook e confesso que quando o adquiri pensei "o livro não deve ser nada de especial, por isso estão a vendé-lo a metade do preço"...
Enganei-me redondamente: é das histórias mais bonitas que li até hoje. Fala de afectos e sentimentos e a autora descreve as paisagens de uma maneira tão bonita e detalhada que por vezes temos a sensação que estamos presentes nos locais da história.
Mais uma sugestão para a
Academia dos Livros.
Kara Whittenbrook tinha uma vida privilegiada. Filha de dois ambientalistas famosos, cresceu entre a selva amazónica e os melhores colégios da elite americana.
Com a morte dos pais num acidente de aviação, torna-se herdeira, não só de uma enorme fortuna, mas também de um segredo que abalará por completo o seu mundo - o facto de ter sido adoptada.
Decidida a encontrar os seus pais biológicos, Kara parte para a Florida, onde conhecerá Ben Thocco, um rancheiro que vive rodeado de gente singular.
Em pouco tempo, ela fará parte de um universo diferente, que lhe abrirá as portas de um amor inesperado e de amizades genuínas, e a ajudará a tomar as mais difíceis decisões...
Em A Doçura da Chuva, Deborah Smith dá-nos a conhecer uma galeria de personagens cativantes, que nos envolvem e nos levam a reconhecer nos pequenos gestos do quotidiano as fontes da alegria e da felicidade.
Notas sobre a autora:
Deborah Smith é uma das autoras americanas mais lidas em todo o mundo. A sua obra já vendeu mais de três milhões de exemplares.
Nomeada para diversos prémios importantes como o RITA Award da Romance Writers of America e o Best Contemporary Fiction da Romance Reviews Today, foi distinguida com o Prémio de Carreira atribuído pela Romantic Times Magazine.
"A Doçura da Chuva" foi finalista em 2007 do prémio RITA, da Romance Writers of America.
Mais informações podem ser consultadas no site oficial da autora www.deborah-smith.com

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

FRANGO COM ERVAS AROMÁTICAS

Acabaram-se as férias... estou de volta ao activo. É muito bom estar de férias, mas confesso que já sentia falta do meu trabalho e da rotina do dia-a-dia.
Para o meu regresso escolhi uma receita de frango muito simples, retirada de uma revista que nem sei se ainda existe no mercado: "Cozinhar sem Stress", nº 7.
Alterei algumas das ervas aromáticas que vinham na receita original, de modo a poder usar o que tinha mais à mão.
O resultado: delicioso... e aromático, como o próprio nome indica.
0,5dl de sumo de limão
0,6dl de azeite
1 raminho de hortelã (na receita original era salsa)
1 frango
vinho branco
sal e pimenta
alecrim
cebolinho (na receita original era tomilho)

Prepare a marinada, juntando o sumo de limão, vinho branco, sal, pimenta, o azeite, o hortelã, o alecrim e o cebolinho.
Disponha o frango num tabuleiro e regue-o com a marinada.
Leve ao forno e, se necessário, refresque com vinho branco.
Retire a carne do forno quando esta estiver bem dourada.
Mais fácil e prático não pode haver... receita ideal para quem não quer perder muito tempo na cozinha. Nota da revista "Cozinhar sem Stress":
Em termos terapêuticos, o limão age como um purificador do organismo; ao ajudá-lo a eliminar toxinas, contribui para reforçar o sistema imunitário e funciona como um anti-inflamatório natural. Além disso, é um antiséptico perfeito para pequenos cortes, pois além de desinfectar, estanca o sangue.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

"A LUZ"

Cheguei ontem de viagem, mas as férias ainda continuam.
Só cá venho para vos dar conta do livro que me acompanhou nas férias e que ajudou a passar o tempo durante a viagem de avião.
Confesso que o estilo literário "terror" não é dos meus favoritos, mas este autor - Stepehn King - não consegue deixar ninguém indiferente. E se já viram o filme (eu já vi) e gostaram, garanto que vão gostar ainda mais do livro. Mais uma sugestão para a Academia dos Livros.... e agora com licença que eu vou gozar a semana de férias que ainda me resta... eh eh eh!
Jack Torrance vê-se forçado a aceitar um trabalho como zelador de Inverno do Overlook, um enorme hotel nas montanhas do Colorado, um lugar que fica absolutamente isolado pela neve entre Novembro e Março. Emboras a vida nessas condições de isolamento não pareça fácil, para Jack é uma oportunidade perfeita para reconquistar a sua mulher, Wendy e o seu filho Danny, e para retomar o seu trabalho de escritor.
Mas a família não está exactamente sózinha no Overlook. Os terríveis acontecimentos que sucederam no hotel no passado vão-se assenhorando lentamente do presente dos seus novos ocupantes, até os levar a uma situação aterradora, da qual talvez nenhum deles possa escapar...
Notas sobre o autor:
Stephen King nasceu em Portland, Maine, EUA, em 1947. Licenciado em Língua Inglesa é o rei indiscutível do romance psicológico de terror, tendo recebido, além de dezenas de prémios do campo da literatura fantástica, uma medalha da National Book Fundation pela sua contribuição para a literatura americana. Além de A Luz (1977), obra considerada por boa parte da crítica como o melhor romance de terror do século XX, destacam-se entre os numerosos romances Carrie, A Zona Morta, A Incendiária, Christine, Os Olhos do Dragão, O Caçador de Sonhos e Buick 8 - Um Carro Perverso.